domingo, 18 de setembro de 2011

OPERADORES ARGUMENTATIVOS

Material disponibilizado pela Professora Lucilene

Operadores Argumentativos.

Os operadores argumentativos são elementos lingüísticos que servem para orientar a sequência do discurso, isto é, “para determinar os encadeamentos possíveis com outros enunciados capazes de continuá-lo”. (KOCH, 1993, p. 104/105) tornando-o coeso e contribuindo para a construção de sua concordância. Nesse sentido, constituem marcas lingüísticas importantes da argumentação.

a-) Operadores de adição: Somam argumentos a favor de uma mesma conclusão, e fazem parte de uma mesma classe argumentativa.
São eles: e, também, ainda, nem, etc.

Exemplo: Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. (ALVES, Rubens. Estórias de quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez, 1984. P. 61-62).

b-) Operadores de finalidade: Indicam uma relação de finalidade.
Destacam-se: a fim de, a fim de que, com o intuito de, para, para a, para que, com o objetivo de, etc.

Exemplo: Nas duas semanas seguintes, mais de uma vez armou-se de coragem para falar com Aurélio (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 204).

c-) Os operadores de causa e consequência: Indicam uma oração subordinada, denotadora de causa.
São eles: porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por motivo de, graças a, em razão de, em decorrência de, por causa de, pois, como, por isso que, já que, visto que, etc.

Exemplo: A esposa trabalhava agora com mais vontade, e assim era preciso, uma vez que, além das costuras pagas, tinha de ir fazendo com retalhos o enxoval da criança. (ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.22).

d-) Os operadores de explicação: Induzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior.
Entre eles, citam-se: porque, que, já que, pois, etc.

Exemplo: Restavam-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria às cinco (LINS, Osman. A Partida. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.191).
e-) Os operadores de oposição: Contrapõe argumentos voltados para conclusões contrárias.
Os principais são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, muito embora, contra, apesar de, não obstante, ao contrário, conquanto, a despeito de, etc.

Exemplo: Posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora nunca pretenda amá-la. (KANITZ, Stephen, Respeitai-vos uns aos outros. Veja, 8 jan. 2003. Ponto de vista, p.18).

f-) Os operadores de condição:
Indicam uma hipótese ou uma condição necessária para a realização ou não de um fato.
Destacam-se: caso, se, contato que, a não ser que, a menos que, desde que, etc.

Exemplo: Mas os meninos teriam de começar tudo do nada, ou passar a vida trabalhando para os outros, como teria sido o destino deles se os pais ficassem na Itália (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 249).

g-) Os operadores de tempo: Indicam uma circunstância de tempo.
Entre eles, relacionam-se: em pouco tempo, em muito tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, quando, sempre que, etc.

Exemplo: Ela responde que não é nenhum incômodo, ao contrário, fará isso com maior prazer. Depois poderão conversar sobre o livro, se ela quiser, é claro. (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 151).

h-) Os operadores de proporção: Iniciam uma oração em que se refere a um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente a outro.
São eles: à medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a menos que, etc.

Exemplo: Na Nova Zelândia ou nos EUA, um pontinho a mais de inflação causa enorme estrado, pois afeta contratos longos por toda a sua extensão, ao passo que, no Brasil, o efeito só é sentido até o reajuste. (FRANCO, Gustavo. Vivendo perigosamente. Veja, n.9, edição 1792, ano 36, 5 mar. 2003. Em foco, p.95).

i-) Os operadores de conformidade: Exprimem uma ideia de conformidade ou acordo em relação a um fato expresso na oração principal.
Os principais são: para, segundo, conforme, de acordo com, consoante, como, etc.

Exemplo: Manaus é a maior e a melhor cidade do Norte do País, segundo pesquisa da Simonsen Associados, publicada pela Revista Exame. (A Metrópole Verde. Veja, n.9, edição 1792, ano 36, 5 mar. 2003. p.107).

j-) Os operadores de conclusão: Induzem uma conclusão relacionada a argumentos apresentados anteriormente.
Destacam-se: portanto, então, assim, logo, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), de modo que, em vista disso, etc.)


Exemplo: Um escritor respondeu que se parasse de escrever morreria, portanto, escrevia para não morrer...(LUFT, Lya. Por que escrever? Zero Hora, Porto Alegre, 21 jun. 2003, p.3)

l-) Os operadores alternativos: Induzem argumentos alternativos, levando a conclusões opostas ou diferentes.
Entre eles: ou, ou..., ou, ou então, quer... quer, seja... seja, ora... ora, etc.

Exemplo: Sem ninguém por perto ia se esquecer até de falar, ou ia terminar falando sozinha, como fazem os loucos (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 154).

m-) Os operadores de comparação: Estabelecem relações de comparação entre elementos.
Destacam-se entre eles: mais... (do) que, menos que, tão (tanto)... como, tão, tão (tanto, tal)... quanto, assim como, etc.

Exemplo: Sentiam que a luz do sol a trespassava, como a um vitral (LINS, Osman. A Partida. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.143).
n-) Os operadores de esclarecimento: Introduzem um enunciado que esclarece o anterior.
Dentre eles, citam-se: vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.

Exemplo: Uma língua que não para nunca. Evolui sempre, isto é, muda sempre (LOBATO, Monteiro. Emília no País da Gramática. 3.ed, São Paulo: Brasiliense, 1952. p.100)
o-) Os operadores de inclusão: Assinalam o argumento mais forte, orientando no sentido de uma determinada conclusão.
Citam-se: até, mesmo, até mesmo, inclusive, também, etc.

Exemplo: Dasdores sente-se livre em meio às tarefas, e até mesmo extrai delas algum prazer (ANDRADE, Carlos Drummond de. Presépio. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.138).

p-) Os operadores de exclusão: Indicam uma relação de exclusão entre duas orações.
Entre eles, destacam-se: só, somente, apenas, senão, etc.

Exemplo: Quando a última carroça alcança a estrada, os braços param de acenar e a praça vai aos poucos se esvaziando e caindo em silêncio. Somente ficam as flores espalhadas pelo chão, de mistura com as folhas secas do outono, e o vento frio que desce dos Alpes (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 13).

AS ESCOLHAS:
·           O texto fala (aborda, apresenta);elenca,
·           O texto foi escrito ( produzido,
construído, constituído);
·           ...saindo correndo...(tinha pressa)
·           ...Saindo do serviço...(no final
do expediente do trabalho ( da
empresa);
·           Rico por fora ( de forma
aparente)
·           Pegou o caminho ( como
pega-se o caminho);
·           Pessoa de família (?)
·           Só vivia da comida (?)
·           Estudo com pretensão de subir na vida (ascensão profissional)
·           Mandar email ( enviar )
·           Queria pechinchar o preço
·           Subir a subida
·           Descer a descida
·           Sair pra fora...

"Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência a Vossa. "
(Cecília Meireles)
que existe numa palavra? Letras, sons, significados e magia. As palavras são mágicas e possuem poder . 'quase ilimitado. Fazem rir, alimentam os sonhos, ameaçam as mais ferozes ditaduras, inquietam carcereiros, acuam torturadores. No mundo inteiro, pensadores, críticos, jornalistas, professores, radialistas, sociólogos, escritores põem em marcha um desarmado exército de palavras que invade castelos, fortalezas, masmorras, corporações e bunkers1, como imbat/veis cavalos alados. Elas sobem aos palcos, emergem das telas, povoam livros, jornais e revistas, anunciam, confortam, afagam. Sussurradas junto ao ouvido, acariciam a alma. São cinzentas ou coloridas, ásperas ou suaves. Podem destruir ou ressuscitar. Adormecer ou despertar. Prometer ou desiludir. Matar. Salvar.
Precisamos tratar as palavras com carinho, fruir sua magia.
(Rodolfo Konder, jornalista e escritor)





Texto para as questões de
Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência a vossa! Ai, palavras, ai, palavras, sois de vento, ides no vento, 5      no vento que não retorna, e, em tão rápida existência, tudo se forma e transforma! Sois de vento, ides no vento, e quedais, com sorte nova!
10    Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
15    seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
20    E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta1:
frágil, frágil como o vidro
e mais que o aço poderosa!
fíeis, impérios, povos, tempos,
25    pelo vosso impulso rodam...
(Cecília Meireles, Romance Llll ou Das Palavras Aéreas)
1 - Retorta: vaso de gargalo estreito e curvo, gê almente de vidro, próprio para operações qu nicas.
"
Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência a vossa!
1{FUVEST   -   MODELO   ENEM)    -   A
"estranha potência" atribuída às palavras con­siste em sua
a)      imobilidade misteriosa.
b)     capacidade transformadora.
c)      irrealidade perene.
d)     fuga definitiva
e)     ação ameaçadora.
Resolução
Segundo o texto, a palavra é poderosa arma de transformação social, política, artística, afetiva, educacional etc. Resposta: B
2 (FUVEST - MODELO ENEM) - "Sois de
vento, ides no vento, / e quedais, com sorte
nova!"
Se os verbos forem flexionados no singular, os
versos acima serão assim expressos:
a)      É de vento, vai no vento, / e queda, comsorte nova!
b)     Seja de vento, vai no vento, / e queda, comsorte nova!
c)      Sê de vento, vai no vento, / e quedas, comsorte nova!
d)     Era de vento, ia no vento, / e quedou, comsorte nova!
e)     És de vento, vais no vento, / e quedas, comsorte nova!
Resolução O verso do enunciado está na segunda pessoa do plural (vós), no presente do

indicativo. No singular, pressupõe-se o sujeito tu que no tempo indicado assume as formas és, vais e quedas. Resposta: E
3 (FUVEST-MODELOENEM)-Considere
os seguintes versos do poema (linhas 21 a 23):
sois a mais fina retorta', frágil, frágil como o vidro e mais que o aço poderosa!
É correto afirmar que a repetição do adjetivo "frágil" ocorre para
a)      intensificar a ideia de que, como a retorta,as palavras são muito frágeis, mas superam aforça do aço.
b)     reforçar a definição das palavras comofrágeis objetos de vidro, semelhantes à retorta,e fortes como o aço.
c)      evidenciar   a   fragilidade   das   palavras,comparando-as a uma retorta que é tão fortequanto o aço.
d)     ironizar a fragilidade das palavras e daretorta, que, apesar de serem de vidro, valemcomo o aço.
e)     reiterar a hipótese de que a resistência tantoda retorta quanto das palavras equivale aopoder do aço.
Resolução
Apesar da aparência frágil, a palavra tem um
poder extraordinário.
Resposta: A


O texto é um todo construído artesanalmente a partir da seleção e da combinação das palavras, frases e parágrafos concatenados com logicidade.

As palavras combinam-se para formar as frases; as frases agrupam-se e ordenam-se em parágrafos; os parágrafos, por sua vez, sucedem-se numa sequência lógica para formar o texto


Operadores Argumentativos.

Os operadores argumentativos são elementos lingüísticos que servem para orientar a sequência do discurso, isto é, “para determinar os encadeamentos possíveis com outros enunciados capazes de continuá-lo”. (KOCH, 1993, p. 104/105) tornando-o coeso e contribuindo para a construção de sua concordância. Nesse sentido, constituem marcas lingüísticas importantes da argumentação.

a-) Operadores de adição: Somam argumentos a favor de uma mesma conclusão, e fazem parte de uma mesma classe argumentativa.
São eles: e, também, ainda, nem, etc.

Exemplo: Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. (ALVES, Rubens. Estórias de quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez, 1984. P. 61-62).

b-) Operadores de finalidade: Indicam uma relação de finalidade.
Destacam-se: a fim de, a fim de que, com o intuito de, para, para a, para que, com o objetivo de, etc.

Exemplo: Nas duas semanas seguintes, mais de uma vez armou-se de coragem para falar com Aurélio (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 204).

c-) Os operadores de causa e consequência: Indicam uma oração subordinada, denotadora de causa.
São eles: porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por motivo de, graças a, em razão de, em decorrência de, por causa de, pois, como, por isso que, já que, visto que, etc.

Exemplo: A esposa trabalhava agora com mais vontade, e assim era preciso, uma vez que, além das costuras pagas, tinha de ir fazendo com retalhos o enxoval da criança. (ASSIS, Machado de. Pai contra mãe. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.22).

d-) Os operadores de explicação: Induzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior.
Entre eles, citam-se: porque, que, já que, pois, etc.

Exemplo: Restavam-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria às cinco (LINS, Osman. A Partida. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.191).
e-) Os operadores de oposição: Contrapõe argumentos voltados para conclusões contrárias.
Os principais são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, muito embora, contra, apesar de, não obstante, ao contrário, conquanto, a despeito de, etc.
Exemplo: Posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora nunca pretenda amá-la. (KANITZ, Stephen, Respeitai-vos uns aos outros. Veja, 8 jan. 2003. Ponto de vista, p.18).

f-) Os operadores de condição:
Indicam uma hipótese ou uma condição necessária para a realização ou não de um fato.
Destacam-se: caso, se, contato que, a não ser que, a menos que, desde que, etc.

Exemplo: Mas os meninos teriam de começar tudo do nada, ou passar a vida trabalhando para os outros, como teria sido o destino deles se os pais ficassem na Itália (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 249).

g-) Os operadores de tempo: Indicam uma circunstância de tempo.
Entre eles, relacionam-se: em pouco tempo, em muito tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, quando, sempre que, etc.

Exemplo: Ela responde que não é nenhum incômodo, ao contrário, fará isso com maior prazer. Depois poderão conversar sobre o livro, se ela quiser, é claro. (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 151).

h-) Os operadores de proporção: Iniciam uma oração em que se refere a um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente a outro.
São eles: à medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a menos que, etc.

Exemplo: Na Nova Zelândia ou nos EUA, um pontinho a mais de inflação causa enorme estrado, pois afeta contratos longos por toda a sua extensão, ao passo que, no Brasil, o efeito só é sentido até o reajuste. (FRANCO, Gustavo. Vivendo perigosamente. Veja, n.9, edição 1792, ano 36, 5 mar. 2003. Em foco, p.95).

i-) Os operadores de conformidade: Exprimem uma ideia de conformidade ou acordo em relação a um fato expresso na oração principal.
Os principais são: para, segundo, conforme, de acordo com, consoante, como, etc.

Exemplo: Manaus é a maior e a melhor cidade do Norte do País, segundo pesquisa da Simonsen Associados, publicada pela Revista Exame. (A Metrópole Verde. Veja, n.9, edição 1792, ano 36, 5 mar. 2003. p.107).

j-) Os operadores de conclusão: Induzem uma conclusão relacionada a argumentos apresentados anteriormente.
Destacam-se: portanto, então, assim, logo, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), de modo que, em vista disso, etc.)

Exemplo: Um escritor respondeu que se parasse de escrever morreria, portanto, escrevia para não morrer...(LUFT, Lya. Por que escrever? Zero Hora, Porto Alegre, 21 jun. 2003, p.3)

l-) Os operadores alternativos: Induzem argumentos alternativos, levando a conclusões opostas ou diferentes.
Entre eles: ou, ou..., ou, ou então, quer... quer, seja... seja, ora... ora, etc.

Exemplo: Sem ninguém por perto ia se esquecer até de falar, ou ia terminar falando sozinha, como fazem os loucos (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 154).

m-) Os operadores de comparação: Estabelecem relações de comparação entre elementos.
Destacam-se entre eles: mais... (do) que, menos que, tão (tanto)... como, tão, tão (tanto, tal)... quanto, assim como, etc.

Exemplo: Sentiam que a luz do sol a trespassava, como a um vitral (LINS, Osman. A Partida. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.143).
n-) Os operadores de esclarecimento: Introduzem um enunciado que esclarece o anterior.
Dentre eles, citam-se: vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.

Exemplo: Uma língua que não para nunca. Evolui sempre, isto é, muda sempre (LOBATO, Monteiro. Emília no País da Gramática. 3.ed, São Paulo: Brasiliense, 1952. p.100)
o-) Os operadores de inclusão: Assinalam o argumento mais forte, orientando no sentido de uma determinada conclusão.
Citam-se: até, mesmo, até mesmo, inclusive, também, etc.

Exemplo: Dasdores sente-se livre em meio às tarefas, e até mesmo extrai delas algum prazer (ANDRADE, Carlos Drummond de. Presépio. In: MORICONI, Ítalo (Org.) Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.138).

p-) Os operadores de exclusão: Indicam uma relação de exclusão entre duas orações.
Entre eles, destacam-se: só, somente, apenas, senão, etc.

Exemplo: Quando a última carroça alcança a estrada, os braços param de acenar e a praça vai aos poucos se esvaziando e caindo em silêncio. Somente ficam as flores espalhadas pelo chão, de mistura com as folhas secas do outono, e o vento frio que desce dos Alpes (POZENATO, José Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 13).


"A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos."

A ambiguidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. A frase pode ser lida de duas maneiras: "O ladrão estava na rua Santos" ou "O banco localizava-se na rua Santos".

"Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão."

Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode-se entender que "As pessoas que, com freqüência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão" ou que "As pessoas que consomem bebidas alcoólicas apresentam, com freqüência, sintomas de irritabilidade e depressão".

"O professor falou com o aluno parado no corredor."

Neste caso, a ambigüidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Podemos interpretar que o professor estava "parado no corredor" ou que o aluno era quem estava "parado no corredor".
Uma das estratégias para evitar esses problemas é nos conscientizarmos da necessidade de revisar nossos textos. Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor.
Como foi possível perceber, a ambigüidade pode, sim, ser utilizada em uma redação como efeito estilístico, desde que essa polissemia intencional seja percebida pelo interlocutor.
Se você, entretanto, não se julga ainda preparado para uma utilização estilística da ambigüidade, prefira uma linguagem mais objetiva. Procure empregar vocábulos ou expressões que sejam mais adequadas às finalidades do seu texto.





" Posso não ser a melhor, mas com certeza faço a diferença,  Sou muito para uns,  pouco para outros,  e o suficiente para mim mesma....